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quinta-feira, 29 de março de 2012

Missa dos Santos Óleos

        Por que óleo?

    Óleo é uma palavra de origem latina, "oleum", derivada do grego "élaion", que designa o óleo extraído dos olivais (élaia).

    O óleo tem a finalidade faz brilhar o rosto (Sl 103,15) e é símbolo da alegria (Sl 44,8).  Penetrante, sua unção significa a consagração de um ser a Deus, em vista da realeza, do sacerdócio ou de uma missão profética (Ex 29,7). Mesmo edifícios e objetos são consagrados com a unção do óleo (Gn 28,18). O ungido por excelência é o Messias, o Cristo, que é o Rei, o Sumo Sacerdote e o Profeta. Símbolo da alegria e da beleza, sinal de consagração, o óleo é também o ungüento que alivia as dores e que fortalece os lutadores, tornando-os mais ágeis e menos vulneráveis.
     
    O óleo na Liturgia

    A Liturgia da Igreja privilegia três óleos, chamando-os de "Santos Óleos": Óleo dos enfermos, Óleo dos Catecúmenos e Óleo do Santo Crisma. Os dois primeiros Santos Óleos são abençoados e o terceiro, o Óleo Crismal, é consagrado na missa crismal que o Bispo celebra com todo o seu presbitério na Quinta-feira Santa pela manhã.

    O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Espírito Santo àqueles que serão batizados, para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal. Este óleo poderá ser abençoado pelo padre antes de ser usado. Por motivos pastorais, a unção com o Óleo Catecumenal poderá ser omitida na celebração do Batismo ou antes da celebração do mesmo. O batizando é ungido com o óleo dos catecúmenos, no peito.

    O Óleo dos Enfermos, que em caso de necessidade poderá ser abençoado pelo padre antes da unção do enfermo, é um sinal sensível utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos.

    O Santo Crisma é um óleo perfumado, utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos:
  •        depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte;
  •        na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte;
  •        depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo;
  •        depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote.
         Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo, que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.

    É costume que os vasos que contém estes óleos venham cobertos com véus de cor roxa (óleo dos enfermos), verde (óleo dos catecúmenos) branco (óleo do crisma). Cada um dos ministros que traz os vasos com óleos, apresenta-os ao bispo e diz em alta voz: "eis o óleo do crisma" e assim procedem os demais ministros, cada qual nomeando o respectivo óleo.

Para a consagração do Santo Crisma, todos os presbíteros reúnem-se ao redor do vaso que contém o óleo crismal. O bispo prepara os perfumes que serão colocados dentro do óleo do Crisma e, após misturar o perfume no óleo crismal, sopra sobre o vaso do crisma, como sinal do sopro do Espírito Santo. Durante a oração consacratória, o bispo e todos os presbíteros fazem a imposição das mãos, estendendo a mão direita invocando o Espírito Santo, para que consagre o Crisma.


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